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terça-feira, 12 de julho de 2011

FOGO NA SERRA DA MESA - APA SERRA DO BARBADO

Incêndio atinge Serra da Mesa na Chapada Diamantina, Bahia


Aeronave será deslocada para o local na manhã de quarta, avisa secretário.
Trilha para chegar ao foco de incêndio dura três horas de caminhada.

Do G1 BA
Um incêndio atinge a mata da Serra da Mesa, que está localizada entre o Pico de Itobira e a comunidade Mato Grosso, pertencentes ao município de Rio de Contas, na Chapada Diamantina, na Bahia.
De acordo com o Secretário do Meio Ambiente do estado, Eugênio Spengler, a trilha para chegar até o foco de incêndio dura três horas e será necessário o envio de uma pequena aeronave ao local para conter as chamas. A aeronave deverá deverá ser deslocada na manhã da quarta-feira (13). Ainda não há informações sobre a proporção do incêndio.
“Só ficamos sabendo do incêndio no final da tarde e o maior contingente de soldados do Corpo de Bombeiros e da brigada voluntária será enviado, de modo que não fiquem desguarnecidas as bases de Lençóis e Barreiras, que são as mais próximas”, conta o secretário.
Segundo ele, a causa do foco e propagação do fogo ainda estão sendo apuradas, mas diz que geralmente acontecem pelas mesmas situações. “O fogo pode ser iniciado na margem da estrada por tocos de cigarros, ou na caçada, quando o homem faz fogueira à noite e o fogo se alastra, também através de caçadores que tocam fogo em uma área para captura da caça, além do manejo de solo com uso do fogo”, elenca.
O secretário também afirma que há possibilidade das chamas se atenuarem durante a madrugada por conta do frio que atinge a região. “É possível que a temperatura fique menor que 10°C e que, por conta da umidade, a intensidade do incêndio possa diminuir. Mas bombeiros e voluntários irão para a linha de combate por volta das 2h a 3h da madrugada, período que permite melhor uma atuação de combate ao fogo”, explica.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

terça-feira, 28 de junho de 2011

Assentamentos rurais terão regularização ambiental na Bahia

Regularização ambiental
28.06.11 – Um acordo firmado entre o Governo do Estado e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) possibilitará a regularização fundiária de 451 assentamentos rurais na Bahia. A assinatura aconteceu na manhã desta terça-feira (28), pelo secretário do Meio Ambiente, Eugênio Spengler, e o presidente do Incra, Celso Lacerda. Participaram da solenidade o governador Jaques Wagner, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, o presidente do Incra, Celso Lacerda, entre autoridades e integrantes do MST. 
A partir da assinatura do termo de adesão do acordo, o Incra passa a integrar o Plano Estadual de Adequação e Regularização dos Imóveis Rurais (Para) – que em consonância com o programa federal de Apoio à Regularização Ambiental de Imóveis Rurais, promove a recuperação da reserva legal, além de oferecer apoio a áreas de proteção permanente e a regularização das autorizações, registros e licenças ambientais.  
A expectativa é que, num prazo de dez anos, a iniciativa beneficie 39,5 mil famílias. Com isso, será possível resolver a questão do passivo ambiental dos assentamentos rurais da Bahia. Até o final deste ano, a meta é que 26 áreas estejam legalizadas e, em seguida, 45 áreas devem passar pelo mesmo processo a cada ano. 
Produção de alimentos – O governador Jaques Wagner destacou a importância do acordo, que deverá estimular a produção nos assentamentos, levando em consideração a preservação ambiental e estimulando a reforma agrária. “É um grande passo e espero que a gente possa andar rápido com o processo, melhorando a produção de alimentos, que hoje é um problema mundial”.  
De acordo com o ministro do Desenvolvimento Agrário, a agricultura familiar tem grande importância para a economia do país e, atualmente, representa 10% do PIB brasileiro. “Com a adesão do MDA e do Incra a esse programa estadual, poderemos ampliar a capacidade de produção com sustentabilidade ambiental”. 
Agricultura familiar – Para o secretário do Meio Ambiente, a assinatura do acordo permitirá uma condição de legalização da atividade agrícola em todo o estado, em conformidade com a legislação ambiental, que facilitará o acesso dos assentados a linhas de crédito especificas. “Também temos o desafio de legalizar mais de 750 mil propriedades baianas de agricultura familiar. A regularização ambiental deverá atender cada um desses produtores em curto ou médio prazo”, destacou. 
Spengler também revelou detalhes sobre a preservação ambiental nas regiões dos assentamentos. “Foi construída uma comissão técnica de responsabilidade ambiental com a participação de técnicos do Incra, e secretarias da Agricultura e Meio Ambiente, que terão a responsabilidade de fazer os programas de adequação de cada um dos assentamentos. Com isso será viabilizado um sistema de produção de alimentos e investimentos necessários para a melhoria da qualidade dos assentamentos”, revelou. 
O presidente do Incra, Celso Lacerda, destacou a importância da parceria com a Sema para incluir a questão do licenciamento ambiental na legalidade.  “O Incra está aderindo ao projeto e vamos ter praticamente um ano para apresentar um plano que vai propor o enquadramento dos assentamentos. Esse é um passo importante para tirar muitas famílias da pobreza, além de preservar as APPs e recuperar as áreas de reserva legal”, avaliou. 
Líderes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) também participaram do encontro e reconheceram a importância da iniciativa. “Esse acordo cria a perspectiva de resolver, em definitivo, os problemas de regularização ambiental dos assentamentos baianos, muitos desses criados em áreas que eram latifúndios degradados pela atividade extensiva e que vamos ajudar a recuperar”, disse o coordenador estadual do MST, Márcio Matos. 
Licenciamento ambiental – O licenciamento ambiental é um requisito para que os agricultores familiares assentados tenham acesso a financiamentos, possam participar de programas estaduais e federais de incentivo à produção, recebam obras de melhoria de infraestrutura e participem do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

domingo, 5 de junho de 2011

Lançamento do Relatório O Estado do Mundo 2010 - Instituto AKATU

Olá Pessoal!!

      Recebemos do amigo Ricardo Braun este e-mail  e estamos compartilhando com todos!!

                        
Caros,



Segue o link do livro 'State of the World 2010', traduzido para o português, do Worldwatch Institute. Um livro que não pode faltar na mesa daqueles que querem estar atualizados e afiados com os 'fatos e os números' do nosso Planeta. Editado pela Linda Starke, et. al., com quem trabalhei no 'Fórum Global 92' durante a Conferência das Nações Unidas em 1992.

Temas abordados como a 'sabedoria dos idosos para a sustentabilidade', da 'agricultura para a permacultura', 'educação para a mídia', ' 'ascensão e queda do consumo', ecovilas e novos valores', entre outros assuntos, são muito interessantes para a transição planetária que acontece.



Saudações,



Ricardo


sexta-feira, 3 de junho de 2011

CURSO GRATUITO ON-LINE DE AGENTES AMBIENTAIS


Curso Gratuito On line - Eu recomendo!
Curso Agentes Ambientais
A questão ambiental ganhou nas últimas décadas, um espaço social relevante fazendo-se presente no cotidiano das pessoas e das instituições. No mundo de hoje, já se coloca a necessidade de refletir e de agir sobre os impactos e ameaças que pesam sobre a qualidade de vida no planeta Terra.
 
 
http://www.fdr.com.br/agentesambientais/index.php
 
 
Certificados
 
Carga Horária
A carga horária do Curso é de 120 h/a.
Certificação
Certificado de Extensão (1ª via é gratuita): Terá direito ao Certificado de Extensão Universitária quem obtiver nota maior ou igual a 6,0 (seis), ou seja, acertar no mínimo 12, de 20 questões questões da prova on line.
Certificado de Participação (1ª via é gratuita): Quem não atingir a nota mínima para aprovação, 6,0 (seis) poderá requerer até 30 dias após o último dia de prova, o Certificado de Participação. Este modelo de certificado não informa carga horária, nota e ementa.
Atenção: Para os inscritos em Fortaleza, o prazo para retirar o Certificado de Extensão ou de Participação na Fundação Demócrito Rocha (FDR) será até o dia 03 de abril de 2012. Este mesmo prazo servirá para os Coordenadores Municipais devolverem, assinada, a listagem de controle de entrega dos certificados aos cursistas.
Certificado – solicitação de 2ª via
A 2ª via de Certificado será concedida mediante a solicitação por telefone ou por e-mail. Para a emissão da 2ª via do certificado, o interessado pagará R$ 20,00 (vinte reais) na ocasião da retirada na FDR. Para quem não reside em Fortaleza, deverá fazer um depósito bancário em favor da FDR no valor de R$ 20,00 (vinte reais) por certificado e R$ 5,00 (cinco reais) para postagem, com aviso de recebimento (AR) e em seguida enviar por fax (85) 3255.6271 o comprovante do depósito, identificando o cursista com nome, CPF, nome do curso, e endereço para o qual deverá ser enviado.
Dados bancários: Banco Bradesco, Agência 2367-1, C/C 10539-2
Entrega de Certificação
Temos o prazo de até quatro meses após o último dia de prova para iniciar a entrega dos certificados.
 
Conteúdo Programático
1. Conferência do clima (COP 15) e as metas brasileiras:
o fascículo discute o tema do meio ambiente e a intervenção política das nações, bem como a importância do trabalho dos agentes ambientais como fiscais do meio ambiente e multiplicadores de conhecimentos. O texto faz uma análise acerca das principais constatações históricas dos 15 anos de Conferências do Clima, buscando refletir sobre as ações do passado para não cometer os mesmos erros no presente. Tem destaque especial a COP 15, com descrição desde as expectativas desse evento até o seu resultado final, bem como discussão da atuação do Brasil e quais metas foram propostas frente os diferentes setores econômicos brasileiros. Por fim, busca fomentar análise sobre as principais ações tecnológicas disponíveis na atualidade para proteção dos ecossistemas e populações humanas das mudanças climáticas.
2. Política Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA/CONDEMA): apresenta noções sobre os principais fundamentos teóricos das políticas nacionais de meio ambiente, realizando uma leitura crítica da Lei N° 6.938/81 que instituiu a Política Nacional do Meio Ambiente no Brasil. Apresenta, ainda, os mecanismos de funcionamento do SISNAMA, CONAMA e CONEMA.
3. Agente ambiental e mobilização social: é feita uma contextualização histórica da participação democrática da sociedade, na busca de soluções para questões ambientais, identificando mecanismos que legitimem essa participação. São apresentadas algumas experiências exitosas da participação popular para o meio ambiente. Também é abordada a importância da educação ambiental na sala de aula e listado várias informações sobre os principais órgãos que podem ser acionados na defesa do meio ambiente no estado do Ceará.
4. Sociedade, Meio ambiente e Educação: faz uma discussão sobre a interligação entre sociedade, meio ambiente e educação, ressaltando a convicção de que são inseparáveis na promoção de convivência equilibrada com o meio ambiente. Chama atenção para o modelo capitalista de sociedade como um dos contribuintes para o aumento da desigualdade social que gera impactos ambientais. Apresenta a atuação de movimentos sociais e das conferências internacionais de meio ambiente como propulsores na conscientização das pessoas para a preservação da vida no planeta. Por fim, traz informações sobre lixo e poluição e algumas dicas de como os cidadãos podem atuar cotidianamente em defesa do meio ambiente.
5. Principais ecossistemas do Ceará: o Brasil é detentor da maior diversidade biológica do planeta, contando com pelo menos 10% a 20% do número total de espécies mundiais. Na Caatinga e em todos os ecossistemas associados a ela, pode ser encontrada também uma rica biodiversidade, indo de encontro ao que muito se pensava, de que era pobre em espécies. Neste fascículo é apresentado o conceito de ecossistema, estrutura e funcionamento dos mesmos, assim como uma visão geral dos principais biomas brasileiros. É também feita uma abordagem dos ecossistemas associados à caatinga cearense, tais como os manguezais, as dunas e restingas, as matas ciliares de carnaúba, as matas serranas ou úmidas, a caatinga propriamente e o carrasco que é encontrado no platô das serras da Ibiapaba e do Araripe respectivamente. O conhecimento das relações que se processam nestes ecossistemas é importante para a sua conservação e preservação para as futuras gerações.
6. Potencialidades da Caatinga: busca contextualizar a caatinga dentro do semiárido nordestino, apresentando suas principais características climáticas, ecológicas, fisionômicas. Aborda como o bioma caatinga vem sendo explorado de forma predatória através de diversas atividades que incluem, principalmente, a caça, as queimadas e o desmatamento para retirada de lenha e o consequente quadro de degradação ambiental, decorrente dessas ações que são realizadas sem nenhum planejamento efetivo para o uso sustentável dos recursos disponíveis. É destacada a importância da biodiversidade da caatinga, com a descrição de algumas potencialidades para o desenvolvimento sustentável do semiárido.
7. Unidades de conservação: neste fascículo é analisado o surgimento das unidades de conservação no mundo e no Brasil, os objetivos de sua criação, os tipos de unidades de conservação, que atividades podem ser realizadas dentro destas áreas protegidas e é dado um enfoque às unidades de conservação existentes no bioma caatinga e a necessidade de criação de mais unidades, não somente na caatinga, mas em todo o território brasileiro.
8. Água e Meio Ambiente: trata da água como condição para a vida. O ciclo da água, seu papel na fotossíntese e a importância da água como definidora dos biomas terrestres do planeta. O texto reforça a interrelação estreita entre água e floresta enfocando o exemplo da Amazônia. A água como espaço de vida, representado pelos ecossistemas marinhos e de águas doces. Discute também, os processos de degradação das águas: desmatamento, poluição, eutrofização, desertificação, entre outros. Enfoca as consequências desses impactos ambientais na saúde humana. Por fim, destaca a gestão compartilhada das águas e a recuperação ambiental, envolvendo a comunidade, como um caminho seguro para se construir uma sociedade ecologicamente sustentável e socialmente justa.
9. Tratamento de resíduos, coleta seletiva e reciclagem: apresenta os conceitos Lixo, Coleta Seletiva e Reciclagem, demonstrando a importância das práticas de coleta seletiva e da reciclagem para a existência de um ambiente mais saudável. Discute as possibilidades de aproveitamento de resíduos economicamente viáveis, e as principais formas de tratamento do lixo e suas aplicações.
10. Monitoramento ambiental: busca compreender o conceito de monitoramento ambiental e sua importância. Aborda algumas tipos de monitoramento ambiental: da biodiversidade (fauna e flora), dos recursos hídricos, atmosférico, dentre outros e suas principais técnicas de execução. Por fim, enfoca a interdisciplinaridade que deve haver entre as diversas facetas do monitoramento ambiental.
11. Noções de Direito Ambiental: o fascículo discute as informações básicas sobre Direito Ambiental, enquanto ramo específico da ciência jurídica que tem como objeto o desenvolvimento sustentável e a utilização dos recursos naturais de forma ordenada. Trabalha os conceitos, princípios fundamentais, responsabilidade ambiental e suas políticas nacionais, buscando a percepção de que a questão da proteção ao meio ambiente é um dever não só do Estado, mas de todos os cidadãos.
12. Tecnologias ambientais sustentáveis - alternativas para o convívio com o semiárido: o propósito deste fascículo é oferecer exemplos práticos de tecnologias simples e de baixo custo que podem melhorar as condições de vida do sertanejo nordestino e ao mesmo tempo proteger e melhorar o Meio Ambiente. As tecnologias apresentadas são voltadas especialmente para a captação, armazenamento e uso da água, preservação, recuperação e aumento de produtividade do solo e melhoria da qualidade de vida das pessoas.

domingo, 3 de abril de 2011

Para que serve um Conselho Gestor?

Este material foi recolhido no site da SEI, do Governo do Estado da Bahia. Acreditamos que ajudará a esclarecer as funções e objetivos do Conselho Gestor:

Conselhos Gestores
Os conselhos Gestores das UCs são uma exigência da Lei nº 9.985, sancionada em 2000, que instituiu o SNUC. Essa lei foi regulamentada em 2002 com o decreto 4.340/02, o qual definiu no Capítulo V a composição e a competência do conselho e do órgão gestor, entre outros detalhes sobre a criação e funcionamento de conselhos. A Lei Federal foi reforçada pela Lei Estadual n° 10.431/2006, que institui a Política de Meio Ambiente e de Proteção à Biodiversidade do Estado da Bahia e dá outra providencias regulamentada pelo Decreto  nº 11.235/2008.
O mais importante papel de um Conselho Gestor é contribuir para a proteção da Unidade de conservação, acompanhando e opinando sobre seu funcionamento. O conselho gestor deve identificar os problemas da unidade de conservação e propor a melhor maneira de resolvê-los. A atividade do conselheiro é não remunerada e considerada de relevante interesse público. O que se ganha é a participação como cidadão nas questões ambientais e sociais das áreas consideradas de relevante interesse.
Um Conselho Gestor de Unidade de Conservação possui suas próprias regras de funcionamento, que servem para organizar os trabalhos. Para que fiquem claras a todos, as regras de funcionamento de um Conselho Gestor devem ser construídas pelos conselheiros, e colocadas em um documento chamado de Regimento Interno.
As atribuições dos conselhos são (decreto 4340/02 art. 20):
I - Elaborar o seu regimento interno, no prazo de noventa dias, a partir da sua instalação;
II - Acompanhar a elaboração, adoção e eventual revisão do Plano de Manejo da UC;
III - Buscar a integração da UC com as demais Áreas Protegidas e as áreas de entorno;
IV - Esforçar-se para compatibilizar os interesses dos diversos segmentos sociais relacionados com a UC;
V - Avaliar o orçamento da UC e o relatório financeiro anual elaborado pelo órgão gestor;
VI - Opinar, no caso de conselho consultivo, ou ratificar, no caso de conselho deliberativo, a contratação e os dispositivos do termo de parceria com Oscip, na hipótese de gestão compartilhada da UC;
VII - Acompanhar a gestão por Oscip e recomendar a rescisão do termo de parceria se constatada  irregularidade;
VIII - Manifestar-se sobre obra ou atividade potencialmente causadora de impacto tanto dentro da UC como em sua zona de amortecimento, mosaicos ou corredores ecológicos;
IX - Propor diretrizes e ações para compatibilizar e integrar a relação com a população do entorno ou do interior da UC, conforme o caso.
Se alguma recomendação do conselho for rejeitada, o órgão gestor deve esclarecer o motivo. Por outro lado, as decisões do conselho, mesmo que este seja deliberativo, deverão estar respaldadas em estudos técnicos e na legislação. Portanto, a competência e o desenvolvimento dos conselheiros têm um peso maior na gestão da UC do que o tipo de conselho.
Na Bahia, o decreto nº 11.235/2008 impõe que os conselhos de uma UC devem ter representação dos órgãos públicos, da sociedade civil e de empreendedores locais, ou seja, a iniciativa privada não é incluída como sociedade civil para fins de paridade como o Snuc considera.
Os Conselhos Gestores devem seguir e respeitar alguns princípios:
a) Legalidade: ou seja, se é formado por instituições legalmente constituídas (ou seja, que possuem CNPJ, diretoria e Estatuto ou Regimento Interno) e se é amparado por algum instrumento legal que descreva sua constituição, regimento e finalidade. Este instrumento legal normalmente é uma Portaria do Presidente do Órgão Gestor da UC publicado no Diário Oficial e se faz necessário porque o Conselho, ao ser um órgão gestor de Unidade de Conservação, possui responsabilidades jurídicas e legais sobre as decisões que toma e sobre as conseqüências que delas advém.
b) Legitimidade: quando é o representante legítimo de sua instituição, ou seja, foi escolhido e nomeado oficialmente pelos representantes legais de sua instituição para representá-la junto ao Conselho Gestor da UC.
c) Representatividade: quando é composto pelo maior número de representações de instituições que atuam na região da UC, nos mais diferentes ramos. Esta composição deve ser pensada em função das parcerias necessárias para efetivar os objetivos da UC.
d) Paridade: esta deve ser entendida como a característica de que ao número de vagas disponíveis para uma categoria, corresponde número igual de vagas para outra categoria.

quinta-feira, 24 de março de 2011

ENCONTRO BIOSFERA CAATINGA




Nos dias 29 e 30 de março de 2011 acontecerá no município de Miguel Calmon, no Parque Estadual das Sete Passagens, o 1º Encontro da Biosfera Caatinga.
A Caatinga é um bioma rico, brasileiro, de relevante importância, e um dos biomas que mais sofrem atualmente com o desmatamento.

Boa oportunidade para o aprendizado e a troca de experiências!!!

segunda-feira, 14 de março de 2011

SEMINÁRIO AGROECOLOGIA

Bahia vai comprar produtos da agricultura familiar para alimentação escolar

Bahia vai comprar produtos da agricultura familiar para alimentação escolar

Está aberto o processo de seleção de cooperativas e associações para compra de gêneros alimentícios da agricultura familiar para a alimentação escolar na Bahia.
Os produtos adquiridos serão destinados a escolas da rede estadual pública de ensino inscritas no Programa Estadual de Alimentação Escolar. Acesse o edital no portal do Ministério do Desenvolvimento Agrário.
Para participar do edital os empreendimentos devem primeiro se credenciar no site da Secretaria Estadual de Educação (SEC), por meio de formulário eletrônico. Depois, é necessário fazer o cadastro para ser incluído no quadro de fornecedores do Estado no site do ComprasNet.
Com a chamada, serão adquiridos nove gêneros alimentícios da agricultura familiar para a alimentação escolar: farinha de mandioca, feijão, leite em pó, manteiga, mel, fubá de milho, milho para mungunzá, floco de milho e leite achocolatado em pó.
Para o diretor do Departamento de Geração de Renda e Agregação de Valor (Degrav) da SAF/MDA, Arnoldo de Campos, com a Lei da Alimentação Escolar os agricultores estão conseguindo inserir seus alimentos no mercado consumidor, agregando valor aos produtos e, com isso, ampliando a renda familiar.
A Lei nº 11.947/2009, determina a utilização de, no mínimo, 30% dos recursos repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para alimentação escolar na compra de produtos da agricultura familiar. De acordo com levantamento realizado pelo FNDE em 2010 a Bahia  possui, aproximadamente, 65 municípios que já adotaram a Lei da Alimentação Escolar. Dos 30% do repasse do FNDE para compra de alimentos da agricultura familiar, R$ 25 milhões foram destinados à Secretaria de Estado da Educação da Bahia em 2010.

http://www.mda.gov.br/portal/noticias/item?item_id=7116085 

SEMINÁRIO DE AGROECOLOGIA NO TERRITÓRIO CHAPADA DIAMANTINA




SEMINARIO TERRITORIAL DE AGRICULTURA FAMILIAR ORGÂNICA
DATA:  16 DE MARÇO DE 2011
LOCAL: Pousada Chapada
 Início  8 h
REALIZAÇÃO:  TERRITÓRIO - COOPERBIO
Parcerias e patrocinadores; território: EBDA –SEBRAE-REDE MOINHO- SECRETARIA DE AGRICULTURA DE SEABRA – FETAG – SINDICATO DOS PRODUTORES
ROTEIRO DO SEMINÁRIO:
ABERTURA DO SEMINÁRIO: 20m
1.       PALESTRA :  Politicas Públicas para a AGRICULTURA FAMILIAR ORGANICA
PALESTRANTE -  Jeandro Ribeiro  - SEAGRI SUAF
             DURAÇÃO: 40m mais 30m de perguntas

2.       Mesa redonda  com o tema CERTIFICAÇÕES
Certificação Participativa  Olácio Komori –  APOMS/ECOJUS (confirmado)
Certificação por Grupo - Ana Claudia Costa Destefani –  auditora externa RAIN FOREST ALLIANCE (confirmado)
 Certificação por Controle Social -  Willian Prado – CAA (a confirmar)
DURAÇÃO: 2h (30m para cada palestrante e 30m para debates)
Intervalo para almoço
                                                                                                                               
3.        AGROECOLOGIA E O ORGANISMO AGRÍCOLA ORGÂNICO –
Palestrante – Fábio Lúcio Martins Neto - EBDA

4.       Mesa redonda para RELATO DE EXPERIENCIAS:
Cachaça Orgânica - Fazenda Vacaro  ( Confirmado )
Mel Orgânico- Flor Nativa (a confirmar)
Café Orgânico -  Cooperbio
Hortas Orgânicas -  experiência  CAA  Irece (a confirmar)

SEMINÁRIO TERRITORIAL DE AGRICULTURA FAMILIAR ORGÂNICA

1.       INTRODUÇÃO
Como uma das atividades do Território da Cidadania e após diversas discussões sobre a Agricultura Orgânica no território da Chapada Diamantina os atores do processo de agricultura familiar orgânica da chapada iniciou a construção desse Seminário. Foram muitas conversas entre os produtores, os órgãos colegiados, as empresas e órgãos parceiros , visando definir as linhas de atuação, os temas das palestras e as necessidades demandadas.
Diante também, das exigências legais da Certificação dos Produtos Orgânicos  e das exigências do selo oficial para produtos orgânicos,  foi formatado o Seminário Territorial de Agricultura Familiar Orgânica, com a idéia de trazer para os produtores da Região informações necessárias ao desenvolvimento dessa atividade que vem a cada ano despertando interesse ao maior numero de produtores e também de consumidores.
2.       OB JETIVO GERAL
Conhecer as políticas públicas para o setor de produção orgânica e agricultura familiar, abordando a sustentabilidade dos sistemas produtivos, a qualidade dos produtos, e promover a troca de experiências entre agricultores.

3.       OBJETIVOS ESPECÍFICOS
3.1   Divulgar a atividade da agricultura familiar orgânica
3.2   Informar ao público alvo sobre as legislações vigentes e as instituições públicas que acompanham e apoiam os agricultores familiares orgânicos;
3.3   Incentivar a integração e a troca de experiências dos agricultores familiares orgânicos e os demais profissionais ligados a assistência técnica, produção e comercialização dessa atividade em nossa região;
3.4   Promover a qualidade da produção orgânica;

4.       PÚBLICO ALVO
O evento é destinado aos agricultores familiares, técnicos das entidades apoiadoras e público em geral potencias consumidores interessados na produção orgânica, do território da Chapada Diamantina;


sábado, 26 de fevereiro de 2011

Plano Preliminar de Gestão - Parte ll

PROPOSTAS DE AÇÕES E ATIVIDADES

DEFINIÇÃO DAS PRIORIDADES ESTRATÉGICAS

1.FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

1.1Reestruturação do Conselho Gestor
1.2.Inserção e Participação no Território de Identidade e Cidadania da Chapada Diamantina
1.3        Monitoramento de atividades potencial ou efetivamente impactantes e/ou poluidoras para negociação em compensações ou mitigações;
1.4.      Apresentação de demandas no Conselho do PRODETUR – Pólo Chapada Diamantina;

2.FORTALECIMENTO DO CONSELHO GESTOR

2.1        Promoção de reuniões periódicas gerais ou setorizadas para discussão de assuntos pertinentes à APA

2.2        Realização de capacitação em educação ambiental com os membros do Conselho


2.3.      Atrair parceiros de outras instituições para a composição e participação efetiva no Conselho (SEAGRI, SEDES, EBDA, INGÁ, IMA, UNIVERSIDADES, MDA, MMA, etc).

2.4.      Criação de um blog para divulgação das ações da APA- Já Criado!!!

2.5.      Criação de um informativo bimestral para a divulgação das ações da APA nos municípios envolvidos.


3.           EIXOS ESTRATÉGICOS

3.1.DESMATAMENTO


3.1.1.      Programa de Redução de Queimadas e Incêndios


Objetivo: Reduzir no período de 4 anos o total de áreas desmatadas por incêndios florestais e práticas agrícolas irregulares  na APA, dando ênfase a conscientização e educação ambiental para população das  distritos urbanos e zona rural dos municípios .


Metodologia :  Serão realizadas campanhas de conscientização e educação ambiental encontrando saídas junto à comunidade, através da mobilização, da tomada de consciência do risco das queimadas, inclusive dando ênfase à prevenção e melhores práticas de convivência com os recursos naturais e ambientais. O trabalho de envolvimento com a comunidade, além de mobilizá-la pretende encontrar novos componentes para as brigadas de prevenção e combate à incêndio. Muitas localidades são de difícil acesso, bem como não possuem linhas telefônicas para avisar com rapidez qualquer incêndio ou queimada descontrolada. Com isso, perde-se tempo no combate e muitas vezes, o fogo chega ao descontrole quando a Brigada localizada nas sedes chega ao local. Portanto, faz-se mister o empoderamento destas comunidades para sua autonomia em dar o primeiro combate e mesmo monitorar as queimadas quando estas se fizerem necessárias.

3.1.2.      Programa Sustentável de Matriz Energética –  Substituição da Lenha Nativa nas Fornalhas de Alambique pelo bagaço da cana.

Objetivo: Desenvolver novas tecnologias de utilização do bagaço da cana-de-açúcar como combustível para seus alambiques junto aos pequenos produtores rurais de Rio de Contas, além de promover sob a perspectiva ambiental, a preservação dos biomas como alternativa ao uso da lenha nativa.
Metodologia: Serão adaptadas 50 % das fornalhas para utilização da biomassa (bagaço) da cana-de-açúcar, dentro do universo de aproximadamente 300 que atualmente operam na região. Além disto, a capacitação dos 300 pequenos produtores e suas famílias para a concepção de novas formas produtivas em maior harmonia e consonância com o meio ambiente contribuindo assim para a diminuição da retirada de lenha das matas nativas em 50% comparada á situação atual.

3.1.3.      Programa Sustentável de Matriz Energética – Lenha Nativa utilizada nos Fogões e Fornos Domésticos, de Padarias e Olarias.


Objetivo: Conscientizar a população e incentivar o produtor rural a implantar sistemas de florestas para manejo e fornecimento de lenha e madeira para atendimento das necessidades do habitante rio-contense na utilização de energia combustível para abastecimento de seus fogões e fornos a lenha.
Metodologia: Promover trabalho de educação ambiental com a comunidade sobre melhores práticas de manejo com recursos naturais. Inclusive alertando para o perigo de desertificação do Semiárido regional, inclusive nas zonas de transição cerrado-caatinga, constantes do bioma da APA. Em segundo lugar buscar áreas devastadas para reflorestamento com sistemas florestais de essências nativas e adaptadas para abastecimento dos fornos. Incentivar o homem do  campo em sistemas de plantio de essências nativas e adaptadas para fornecimento de lenha para estas estruturas. Incentivar através de seminários e cursos, as olarias a implantar seu próprio sistema de abastecimento energético. Além disso a APA em parceria com outras instituições promoverá através de orientação técnica e termos de ajuste de conduta o replantio em áreas particulares feito pelos proprietários, com acompanhamento e monitoramento, de forma a recuperar áreas de preservação permanente com  cobertura vegetal, o mais próximo do original possível. Além disso, buscar-se-á fazer pesquisa com a espécie vegetal Candeia, para possibilidade de  alternativa à culturas exógenas como o eucalipto.
Metas:
·         Reduzir a retirada sem manejo de cobertura vegetal nativa com fins energéticos em 60%, no período de quatro anos.
·         Implantar o plantio de 100 mil mudas de árvores de espécies nativas nas variadas regiões do município em 6 anos, de forma a repor parcialmente o que foi perdido.
·          Visitar a Universidade Federal de Lavras em 2011 de forma a obter informações da tecnologia desenvolvida com a Candeia e trazer esta tecnologia pra cá, para ver a possibilidade de implantar tal técnica em parte dos Gerais da APA, onde a espécie ocorre naturalmente.
·         Pesquisar com entidades nacionais e internacionais a possibilidade de financiamento para plantio de áreas degradadas com o crédito de carbono, de forma a incentivar o pequeno produtor rural a recompor as matas ciliares dentro de suas propriedades, de forma a plantar 1000 hectares de matas ciliares nos rios pertencentes ao município e regiões adjacentes em 5 anos.


3.1.4.      Madeira utilizada nas construções e no artesanato do campo e cidade

Objetivo: Encontrar alternativas para a utilização da madeira nativa, com a implantação de 250 hectares na APA de florestas plantadas licenciadas no prazo mínimo de sete anos, com vistas à certificação ambiental.
Metodologia – Mobilizar campanha de esclarecimento sobre extrativismo vegetal no ano de 2010, com vistas a licenciar algumas áreas do município para manejo. Além disto, incentivar ao homem do campo o plantio de espécies de aptidão extrativista de forma a ampliar a área vegetal apta a manejo. De forma a produzir no prazo de 8 anos o total de 300 hectares do município de matas plantadas para abastecimento da atividade artesanal e de construção civil.
Meta – Envolver 60 produtores rurais que abranjam um total de 300 hectares no período de 8 anos para o plantio de essências vegetais nativas e com aptidão para o extrativismo.

3.1.5.      Reserva Legal
Objetivo: Articular com setores afins a promoção da legalização das áreas de reserva legal dos estabelecimentos agropecuários da APA de forma a proteger os recursos naturais e promover o uso sustentável para  pequenos produtores rurais.
Justificativa: O Sistema de Manejo Florestal em Área de Reserva Legal para Pequenas Propriedades Rurais, ora apresentado, poderá servir como referência para definir estratégias de uso sustentável dos recursos florestais de pequenas propriedades rurais. Este trabalho apresenta um sistema de manejo florestal não mecanizado feito para pequenos produtores, como forma de diversificar a produção, aumentar a renda, melhorar a qualidade de vida e conservar as áreas de reserva legal. Inexiste até a atualidade no município uma política voltada para esclarecimento sobre a necessidade prevista em lei da conservação da reserva legal de 20% do total da área de uma propriedade rural. Há necessidade de se esclarecer o homem do campo, de forma a este perceber a importância de se manejar o seu sítio prevendo este regulamento.

Metodologia: Em primeiro lugar, é necessário fazer uma campanha por todos os povoados de natureza rural e agrícola do município sobre esclarecimento sobre reserva legal,  enfocando a necessidade do homem do campo em se organizar burocraticamente sobre a questão, até para poder estar apto a receber recursos subvencionados das instituições governamentais e não governamentais como apoio à suas atividades. Além disto, pretende-se legalizar no âmbito municipal estas reservas, promovendo cursos e palestras sobre manejo sustentável e conservação ambiental.

3.1.6.      APPS Degradadas


Objetivo: Promover a recuperação das matas ciliares de rios e de nascentes e olhos d’água, e também, nas encostas em declive de 45º, de forma a fomentar a proteção dos recursos naturais, com ênfase nos recursos hídricos da região.
Justificativa: A maioria dos rios mais importantes da APA sofre com a antropização de suas margens, ocupadas pela agricultura familiar que sofre pela ausência de projetos de irrigação econômicos e eficientes. Os rios já dão clara demonstração de estarem sentindo com a diminuição dos corpos d’água, principalmente em período de estiagem. Os produtores rurais alegam ser a mata ciliar a única área de seus terrenos  úmida e apta ao plantio. Faz-se mister desenvolver, em parceria com a recomposição das matas ciliares, projetos que fertilizem o solo árido, que não dispõe atualmente de irrigação, de forma a promover um pacto social, dando ao homem do campo condições de produtividade em áreas que não sejam as margens do rio. A maioria destes produtores possui minifúndios e 50% de sua produção rural está calcada nestas faixas que deveriam estar protegidas por matas ciliares. Portanto, isto se configura num problema ambiental e social também.
Metodologia: Em primeiro lugar, é necessário mobilizar os proprietários rurais localizados às margens de rios, que possuem nascentes e/ou encostas de serras, em suas propriedades para alertá-los sobre a importância das APPS na conservação do solo e das condições de produtividade e de sustentabilidade de suas propriedades rurais. Em seguida o corpo técnico da SEMA conjuntamente com a SEAGRI precisam buscar soluções alternativas para a fertilização dos solos que não possuem umidade e nem irrigação. Uma das possibilidades para as áreas de várzea seria a barragem subterrânea, diminuir as áreas irrigadas por regos por redes de irrigação por micro-aspersão, de forma a economizar água. Ainda há a possibilidade de se conseguir junto a entidades governamentais e não governamentais estrangeiras, o pagamento dos chamados “serviços ambientais”, no qual os produtores deixem de plantar nas margens destes rios e recebam uma compensação financeira por isto, ou ainda os créditos de carbono. Conta-se atualmente com um déficit de matas ciliares estimado, só nos rios, aproximadamente de 1000 hectares.

3.1.7.  Instalação de viveiros de mudas nativas e banco de sementes.

Objetivo: Promover a produção de mudas de espécies nativas e adaptadas para recomposição de APPS degradadas, tendo como objetivo secundário fortalecer as organizações de base comunitária local, inclusive Brigadas, criando assim um expertise em matas ciliares dos biomas que compõem a Unidade de Conservação.
Justificativa: Além  da Educação ambiental com o foco em áreas degradas e soluções, é importante que as comunidades sejam dotadas de infraestrutura e condições reais de reparação destas áreas, e um viveiro de mudas em consórcio com banco de sementes nativas ajudará a criar a cultura da autoregulação na questão de resolutibilidade do problema das Apps degradadas na APA.
Metodologia: Elaborar projetos de instalação de viveiros, buscar parceiros, secretarias de meio ambiente e agricultura dos municípios, ONGs ambientalistas, associações de produtores rurais para auxiliar na estrutura, implantação e manutenção desses viveiros. Outros parceiros institucionais como MMA, MDA, SEAGRI, INGÁ, dentre outros, poderão ser convidados para a ação.





3.2.   RESÍDUOS SÓLIDOS

3.2.1. Coleta Seletiva

           
Objetivo:    Promover ações que favoreçam a implantação da coleta seletiva nos povoados da APA  com a efetiva participação da população.
Justificativa: A melhor forma de se lidar com os resíduos sólidos é a coleta seletiva, porque nesta triagem repensamos os hábitos de consumo, fortalecemos o sentimento de coletividade e cidadania e consolidamos o processo democrático. O grande desafio é a conscientização e adesão da população, porque é dela que depende o sucesso ou o fracasso do programa. Tendo em vista a miríade de povoados e pequenos sítios espalhados pela APA, é necessário traçar uma estratégia  na qual todos sejam atendidos e, que ao mesmo tempo, seja viável economicamente.
Metodologia: Em primeiro lugar, realizar reuniões e oficinas com as comunidades, convocando em especial as donas de casa, e também os donos de supermercados, restaurantes, bares, pousadas para reflexões sobre as práticas de consumo e descarte dos resíduos. Em seguida, a elaboração de um projeto identificando os atores sociais e institucionais que podem auxiliar na coleta sendo pontos de apoio em cada localidade. Procurar apoiar a organização de base comunitária, como cooperativas de catadores que queiram atuar no sentido de dar utilidade econômica a este lixo.

            3.2.2. Educação  para o consumo consciente
           
            Objetivo: Promover educação ambiental com o foco em consumo consciente e a relação do consumidor com os recursos naturais e impactos ambientais.
            Justificativa:  Consumo consciente é consumir levando em consideração os impactos provocados pelo consumo por meio de  escolhas, buscando assim maximizar os impactos positivos e minimizar os negativos dos atos de consumo, e desta forma contribuindo para construir um mundo melhor, voltado à sustentabilidade. Este é um conceito relativamente novo para a comunidade da APA, que muitas vezes, não tem acesso a novas formas de pensar, sendo bombardeado pelas propagandas na mídia, que praticamente não discute sobre a forma de consumo e descarte posterior..

Metodologia: A campanha do consumo consciente também terá o foco nos jovens e nos professores, da rede de ensino formal, mas precisará também atingir as donas de casa, e os fornecedores de produtos à sociedade, pequenos atacados, mercadinhos, feirantes, enfim, todo o setor produtivo do município precisará estar envolvido, inclusive, através de mídias como panfletos, rádio, e palestras reuniões e oficinas pelo município, e é importante envolver as prefeituras e câmaras de vereadores dos municípios.

3.3.TURISMO NA APA DA SERRA DO BARBADO

3.3.1.      ATIVIDADE TURÍSTICA

Objetivo: Promover a Educação Ambiental através do turismo sustentável na Unidade de Conservação com base nos focos de Turismo de Base Comunitária, Turismo Rural e Ecoturismo.
Justificativa:  O Turismo é uma vocação natural da APA da Serra do Barbado  e está previsto como uma das principais atividades do Plano de Manejo. O contexto histórico, as serras, picos, rios e cachoeiras, além de uma diversidade cultural e a hospitalidade de suas comunidades atraem a atenção do mercado do turismo. Outro diferencial existente nesta APA é a sua história inexoravelmente ligada ao garimpo do ouro e os trechos bem conservados da Estrada Real dentro de sua poligonal. Podemos também citar os sítios arqueológicos que existem e todos estes atrativos se encontram subaproveitados como uma alternativa de geração de renda para a comunidade local. Ainda faltam alguns elementos fundamentais para o pleno desenvolvimento: ligação asfáltica com o restante da Chapada Diamantina, organização do setor, capacitação profissional dos atores locais. Dentre as inúmeras vocações no turismo , destacamos aqui o Ecoturismo de Base Comunitária, Turismo Rural e Turismo de Educação Ambiental, por entendermos serem estas áreas da atividade turística que podem valorizar o que a Unidade de Conservação e  preservar seus biomas.
Metodologia: Em primeiro lugar é necessário promover o fortalecimento das bases comunitárias da sociedade que compõem a APA. Definir dentro do Conselho Gestor quais são as prioridades para o turismo, inclusive com a regulamentação de capacidade de carga de cada destino. Definir os possíveis atrativos, transformá-los em roteiros, diagnosticar possiveis meios de hospedagem alternativas em pequenos sítios e fazendas, buscar capacitação e divulgação para estes atores e destinos através de parceiros como o MTUR, SECTUR, SECULT, MINC, SEDES, SEBRAE, e as prefeituras locais, de modo a apoiar as ações propostas dentro do Conselho Gestor.

3.3.2.      AGRICULTURA
    A APA Estadual da Serra do Barbado é essencialmente rural. Mesmo nas regiões serranas, as pessoas vivem da agricultura. Por ser também uma região de grande potencial hídrico, diversificada em biomas, a APA tem vocação para a agricultura orgânica, com a possibilidade de se tornar referência em alimentos saudáveis na Bahia.

3.3.3.      Fomentar a organização do setor agrícola na APA

   Objetivo: Organizar o setor agrícola da APA através da educação ambiental, do incentivo ao associativismo e cooperativismo local, e também de maior assistência técnica com cursos e capacitações de técnicas sustentáveis de manejo com vistas a sistemas agroflorestais (SAFs), Agroecologia, Meliponicultura e Apicultura, agricultura orgânica.
Justificativa: Os produtores rurais estão em regiões esparsas, e em cada região da APA a vocação para o plantio muda. Isto dá uma vantagem competitiva, por causa da biodiversidade, por outro lado, aumenta o trabalho da gestão pública em prever as varias demandas advindas deste contexto geográfico. É necessário a Unidade de Conservação se apropriar das políticas públicas para orientação e acompanhamento do homem do campo que estão sendo disponibilizadas pelos parceiros institucionais como o MDA, SEAGRI, SUAF, dentre outras objetivando o desenvolvimento de programas e projetos que envolvam agricultura em consonância com parâmetros de sustentabilidade.
Metodologia: Promover o acesso da comunidade a  projetos buscando informações e tecnologias para o agricultor familiar se apropriar de tecnologias de agricultura orgânica, agroecologia, permacultura, sistemas agro-florestais e biodinâmicos para o incremento do produto agrícola. Além disse, buscar-se-á o fortalecimento das associações preexistentes através de cursos e oficinas que envolvam o associativismo.

3.3.4.      Promoção do extrativismo vegetal sustentável

Objetivo: Promover e valorizar o extrativismo vegetal sustentável como alternativa de fonte de renda para as comunidades envolvidas.
Justificativa: A UC tem uma biodiversidade em suas matas que compreende do umbuzeiro ao pequizeiro, passando pela mangaba, cagaita, araçá, ouricuri, babaçu, jatobá, etc. Estas frutas muitas vezes, serviram e servem de complemento de  alimentação às famílias das comunidades tradicionais. O que esta comunidade ainda não detém é a sistematização das técnicas de processamento para converter isto em fonte de renda pra si. É necessário incentivar estes extrativistas a se organizarem, dotá-los de condições de implantar uma pequena fábrica artesanal de doces e subprodutos dos frutos nativos para vendê-los na época da entressafra. É importante ressaltar, que através deste tipo de atividade, pode-se suscitar a importância do replantio dos espécimes em tela e promoção da biodiversidade. Esta organização auxiliará na tomada de consciência ambiental para a preservação dos biomas originais, dando a estas comunidades a dimensão da importância das florestas na economia local.
Metodologia: Detectar os locais possíveis de colheita destes frutos nativos. Desenvolver um projeto de beneficiamento de frutas para conservas, compotas, polpas, doces e geléias para venda em lojas de artesanato. Buscar apoiadores financeiros para a implantação e viabilização do projeto. Capacitar as mulheres e homens para o associativismo, práticas de embalagem e higienização e para a venda dos produtos. Desenvolver design e marca com identidade cultural, ambiental e social para a utilização nos rótulos e embalagens. Incentivar as organizações comunitárias a participar dos circuitos de feiras de Economia Solidária, Agricultura Familiar e afins, para a divulgação e comercialização dos produtos.

3.4.                                                                           EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Objetivo: Promover a Educação Ambiental em níveis formal e extraformal na APA para os mais diversos públicos, independente de faixa etária, condição sócio-econômica e localidade.
Justificativa: Todas as ações elencadas neste Projeto Preliminar de Gestão só serão possíveis a partir da Educação Ambiental efetiva e contínua, com o viés da transversalidade nas disciplinas curriculares, com a aproximação dos moradores da APA com conceitos que passam da questão simplesmente ecológica. Outrossim, é necessário promover a educação para a cidadania, para o desenvolvimento, para a legislação, para direitos e deveres, para a produção mais eficiente e eficaz, sem desprezar os componentes culturais e históricos que permeiam as comunidades envolvidas.

Metodologia: Elaborar programa de Educação Ambiental em conjunto com o Conselho Gestor, tendo como base a Lei Estadual de Educação Ambiental.  Elaborado as diretrizes, definir programas, projetos e parceiros que possam efetivar as ações. Realizar educação ambiental para os conselheiros, estender ás comunidades da APA, aos professores das redes municipais e estaduais de ensino na UC. Propor um trabalho em parceria com as secretarias municipais de educação e de meio ambiente para a capacitação do seu corpo técnico, bem como demais gestores do município. Incentivar a implantação de Salas Verdes nos municípios e comunidades da APA